domingo, 17 de novembro de 2013

O Centro do Mundo

Onde fica o centro do mundo? O que é o mundo? Estas perguntas, observadas sob a ótica da ciência, suscitam polêmicas intermináveis. Mas quero aqui abordar estas questões sob o aspecto humanístico.

Assim, o que é o mundo e o que somos no mundo? Segundo a teoria humanística, o homem não é algo abandonado no universo, vagando sem rumo e sem destino, vítima de si mesmo. Ele se usa para compreender o universo e usa o universo para se compreender. Ele dá sentido a si mesmo e ao universo que o cerca. O homem é dotado de todos os recursos necessários para viver e o resultado nesta relação com o universo depende do quanto desenvolve estes recursos que possui e de como os utiliza.

Porém, para que o homem busque algo além da sobrevivência, buscando o “viver”, é necessário desenvolver alguns recursos a mais. É preciso que o homem se relacione consigo mesmo, buscando a identificar aquilo que para ele “é o seu mundo”. Este conceito de “seu mundo” não está ligado a conceitos físicos, mas sim ao íntimo do ser humano. Toda e qualquer ação que realizamos está ligada à concretização de um pensamento, de um desejo e de uma vontade, por mais espontânea que eventualmente possa parecer. O que quero dizer é que se nos permitirmos uma reflexão sobre o que somos, o que queremos, o que valorizamos, o que nos faz feliz, qual o nosso papel na sociedade, como gostaríamos que fosse nossa relação com as pessoas, qual a influência de nossos pensamentos e de nossos atos além do nosso mundo, poderíamos modificar a nossa própria essência. O modificar não significa nos transformarmos em outro ser, mas sim agregar novos valores, os quais direcionam nosso modo de ser.
Então, o centro do mundo está na forma como percebemos o mundo, naquilo que consideramos mais importante. Para sabermos o que é o centro do mundo precisamos primeiramente saber o que é o mundo para nós. O homem surgiu com os instintos mais primários, mas mesmo assim alguns destes instintos davam sinais de que para o homem havia uma preocupação com o outro. Essa relação com o outro passou por modificações e evoluções fantásticas, bastando para isto olharmos o quanto é feito no planeta em prol de diversas pessoas, quantas organizações existem que se preocupam com a prática da caridade e solidariedade, percebendo que para a estabilidade da relação com o universo o homem precisa se relacionar de forma solidária com o próprio homem. No entanto, ainda há muito a se fazer, visto que da mesma forma diariamente surgem novos problemas, quase que sempre originados por equívocos nesse relacionamento, gerando um desequilíbrio social.
Que cada um inicie com uma reflexão sobre o que é o seu mundo, qual a sua relação com este mundo, buscando identificar como pode modificar as coisas para melhor. Isto vai desde a relação familiar, com o ambiente e com o universo propriamente dito. Toda e qualquer mudança, para ser consistente e natural, necessita da assimilação dos valores morais que a motivam e sustentam. A cada dia podemos realizar pequenos movimentos que nos levem de forma consistente à construção de uma nova realidade, a uma nova relação com o universo.

Enfim...coisas que se passam...que compartilho com vocês.

Frases pulsantes da semana:

 “Acredita que vale a pena viver, e a tua convicção ajudará a criar este fato"”. (William James)

“Ame profunda e passionalmente. Você pode se machucar, mas é a única forma de viver o amor completamente”. (Dalai Lama)

2 comentários:

  1. para mim o centro do mundo está em tudo aquilo que fazemos pelo bem, seja nosso ou dos outros, a humanidade sempre teve dificuldade em descobrir isto e colocou no centro questões individuais. parabéns
    Léo

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  2. Entendo que nós cada um do seu jeito pode ser um pedacinho desse universo colaborando uns com os outros na aprendizagem de cada pessoa. Entendo também que ninguém nasce sabendo mas há pessoas que chegam na maturidade com faltas que para nós os julgamos como crianças em processo de educação.
    Neste momento me veio a frase do para Francisco: "Cuide uns dos outros".
    Acho que é bem por aí mesmo.
    J.

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