domingo, 19 de outubro de 2014

O despertar das ideias

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Refletindo sobre a situação de calamidade em que se encontram alguns países em razão do “ebola”, me deparei diante de algumas perguntas referentes a problemas que a sociedade moderna enfrenta e que estão no centro da questão humanitária.
Mesmo cientes da criticidade da crise enfrentada nos locais onde o “ebola” atinge milhares de pessoas, há entre nós pessoas que são realmente “seres humanos”: estou me referindo ao médicos destas ações humanitárias, símbolos do desprendimento do seu “próprio eu”. Hoje acompanhamos que muitos estão morrendo, vítimas da doença a que se propuseram a combater, mas mesmo cientes deste risco não desistiram do seu firme propósito. Penso que merecem nossa admiração e respeito mais profundo, pois foram pessoas que tiveram que evoluir muito na direção da intelectualidade e do conhecimento material para tornarem-se médicos, mas que não deixaram de evoluir na direção da moral, não se corromperam nesta caminhada.
Ao mesmo tempo, vemos governos, entidades e pessoas agindo em sentido oposto. As divergências políticas, econômicas e sociais entre alguns países ou lideranças mundiais tem se mostrado um obstáculo à união de esforços para combater este estado de calamidade; o individualismo e egoísmo mascarado fazendo com que governos só se preocupem com o problema no momento em que se tornar uma ameaça interna. O que vemos é um conjunto de ações preocupadas somente com o instinto da própria sobrevivência.  Lembremo-nos que muitos de nós, por vezes inconscientes disto, agimos desta forma.
 A simples falta na prática do bem não representa a existência do mal? Parece-me que sim, que na situação atual do mundo, com as crises existentes, somente uma “elevação” da moral e um despertar coletivo de consciência poderá nos colocar em um caminho que nos leve a um futuro melhor. É urgente que não nos sintamos confortáveis com o simples fato de entendermos que não praticamos o mal, precisamos compreender que é preciso praticarmos o bem diariamente, pois do contrário estamos permitindo que as coisas se mantenham do jeito que estão. O simples despertar de uma ideia já é algo positivo; mesmo que enfrentemos dificuldades em plantar a semente que distribuímos, poderá quem sabe alguém que recebeu esta semente nos sensibilizar a semear. É isto que fazem estes profissionais “humanitários”; atuam seguindo o caminho de suas consciências, onde com certeza enfrentarão muito mais sofrimento do que no conforto de um consultório particular.
Independentemente de qualquer crença, credo ou religião, acredito que estas pessoas mereçam nossas homenagens, nossas preces e principalmente nossa reflexão sobre o que e como somos nós.
Agradeço aqui a minha esposa, que me inspirou a refletir sobre o tema.

Enfim...coisas que passam...que compartilho com vocês

Frase pulsante da semana: “O povo nunca é humanitário. O que há de mais fundamental na criatura do povo é a atenção estreita aos seus interesses, e a exclusão cuidadosa, praticada sempre que possível, dos interesses alheios.” (Fernando Pessoa)

Até a próxima segunda-feira!

Cérebro Que Pulsa


domingo, 12 de outubro de 2014

Voz Interior

Josephine - J. Ebeling
Por: Janicce Ebeling


Os mitos com seus paradoxos nos fazem refletir sobre os nossos dilemas. E a figura que abordarei será sobre Siegfried. Nome bem conhecido na Islândia, Alemanha e Escandinavia;  seus feitos são objeto dos mais belos poemas épicos do mundo.

Então... Siegfried era filho de uma união entre dois irmãos. Não chegou a conhecer seus pais, mas a única lembrança herdada foi uma espada partida que segundo a lenda quem a conserta-se jamais seria vencido nos campos de batalha. Órfão foi criado por um anão que o cuidou com muito contragosto e crueldade na esperança do jovem consertar a espada. Mas o que o anão queria de fato era reaver um ouro perdido que estava na posse de um dragão. Quando conseguisse o feito iria matar o rapaz.
Mas os deuses favorecem Siegfried mandando um pássaro para alertá-lo sobre os perigos ao consertar a espada. Ao consertá-la então o rapaz mata o dragão, mas também mata o anão por estar farto das suas deslealdades.


Conclusão: A espada ao ser consertada pode nos transmitir um legado de força e coragem frente aos problemas da vida.

Siegfried correu perigo por causa de uma criatura traiçoeira que desejava usá-lo para os seus próprios interesses. Percebe-se que existem pessoas que são sugadas a anos por interesse e nem se dão conta. 
Devemos estar conscientes que existem a maldade, a inveja e a destruição - seja no trabalho, na família ou seja em todos os meios.
Da mesma forma que o rapaz escutou o pássaro, nós temos a nossa voz interior alertando-nos para os perigos cotidianos. Como nos épicos tudo era resolvido com uma espada em punho; nos tempos atuais já não precismos mais usar a força.
Mas podemos escutar nossos instintos, a nossa voz interior e de fatos ouvi-los.
No mundo a muito amor e ódio juntos, embora há muitas pessoas boas há também aquelas que podem não ser.

O livre arbítrio nos dá escolhas; mas a voz da natureza sempre nos alerta o caminho certo a seguir.


Enfim...Coisas Que Passam Que Compartilho Com Vocês. 


Frase Pulsante da Semana: "Talvez seja esse o aprendizado mais difícil: manter o movimento permanente, a renovação constante, a vida vivida como caminho e mudança". ( H. Kuhner)



Até Domingo que vem.

CérebroQuePulsa.