O que e para onde?

Volto a abordar aqui a questão das manifestações às quais o país tem se tornado alvo nos últimos meses. Mas hoje, não quero abordar a questão pelo ponto de vista do motivo das manifestações, mas sim sobre como ocorre o envolvimento de cada um nesse movimento.

As primeiras manifestações foram vistas como um movimento de protesto, fomentado nas redes sociais da web. Considerava-se que marcariam o retorno da manifestação dos jovens, há tanto tempo calados em seu mundo virtual, além da manifestação do povo que sofre os desmandos políticos e a ausência de um poder justo. Porém nada houve que demonstrasse este retorno dos jovens, como seres pensantes. O que se viu foi uma juventude envolta numa causa “vazia”, pois não conseguiu dizer contra o que protestava e, de forma um tanto quanto inocentemente manipulada, tornou-se combustível para atos de vandalismo, praticados com o objetivo único da desordem social e do caos.

É, estavam enganados aqueles que acreditavam na retomada da consciência política por parte dos jovens, após anos de adormecimento do pensamento crítico e filosófico dentro das Universidades brasileiras .... o sono continua. O que se viu foi a influência das redes sociais, meio utilizado pelos mentores da desordem para envolver jovens sem consciência do que estaria por vir. A manifestação por si só não possui valor algum; é uma caminhada sem destino, sem consciência. Mas além dos jovens, houve participação de diversos segmentos da sociedade, cada qual manifestando suas causas.

No entanto, o que chama a atenção nestas manifestações é a total desarticulação dos movimentos dos segmentos participantes, exceção feita àqueles que buscavam apenas o caos social e a desordem, desrespeitando a tudo e a todos. O mais grave nesta situação é que a massa de pessoas que participaram destas manifestações foi incapaz de conter os atos de vandalismo e em diversas situações acabou participando, manifestando claramente a falta de consciência social.

O que fica de lição é o vazio das manifestações; houve um impulso, mas qual a verdadeira força que gerou este impulso? Foi manifesto real do descontentamento de uma sociedade? Foi uma manipulação de uma massa inocentemente envolvida por aqueles que desejavam o caos social? Foi um movimento alavancado pelas redes sociais sem que os participantes soubessem “o que buscavam na realidade”? Foi um misto disto tudo?

Porque a violência contra a propriedade alheia? Porque a violência contra aqueles que estavam no exercício do seu trabalho atuando para manter a ordem social? Porque o silencia patético da multidão enquanto os desordeiros quebravam o que viam pela frente?

Diante disto tudo o que ficou claro é que “precisamos melhorar a educação no país”. Não estou falando de inclusão dos menos favorecidos, mas sim de fazer com que todos, inclusive os que possuem condições econômicas passem a pensar .... refletir...usando a capacidade intelectual.

Enfim...coisas que passam, que compartilho com vocês...

Frase pulsante da semana: “É no problema de educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade”.