
No entanto, para a maioria das
pessoas, até no momento em que idealizam este tipo de sociedade manifesta-se a
incoerência; afirmo isto pelo fato de que, mesmo desejando a justa distribuição
para todos, permanece aquela ânsia de contarmos com algo a mais, trazendo à
tona um sentimento que é um dos agentes da desigualdade social: o possuir mais.
Este sentimento chega a ser imperceptível para a maioria das pessoas, as quais
não se dão conta de que ele orienta o seu dia a dia.
A igualdade possível, a sociedade
justa, não pode ser vista como um ambiente em que todos possuam de forma
equivalente, mas sim uma sociedade que oportunize a todos não as mesmas possibilidades,
mas possibilidades distintas que permitam alcançar o caminho da dignidade e da
sua própria subsistência. Há uma série de fatores que farão a diferença em
relação aos objetivos alcançados por uns e outros; o que se quer, é que esses
motivos sejam de responsabilidade da própria pessoa e não impostos por
desigualdades determinadas pelo próprio homem.
É justa a ideia de que aquele que
mais se dedique a determinada questão colha melhores resultados, mas também é
justo que todos tenham esta opção. É justo que todos colaborem de forma
equivalente para manter o equilíbrio social, e qualquer falta neste sentido
também deve ter seu valor.
Uma sociedade justa não é aquela
em que todos possuam as mesmas coisas, mas sim aquela que permita a todos os
meios e condições de buscar as mesmas coisas. É claro que se todos os homens
fossem iguais, talvez não haveria evolução, mas quando esta evolução acaba se
tornando um elemento de maior distanciamento entre os homens não se trata de
evolução, mas sim de um equívoco social.
Neste mesmo contexto, àqueles que
maiores oportunidades são oferecidas, maior deveria ser a responsabilidade,
pois a eles mais foi possibilitado.
Por isto, se quisermos a justiça
social, devemos começar nos pequenos atos do nosso dia a dia; quando cada um de
nós agir com base nestes conceitos, com a preocupação dos reflexos de nossos
atos na vida das outras pessoas, talvez estejamos começando a atuar para que a
sociedade evolua. Não se trata apenas de dinheiro, de posses, de emprego, mas
também de consciência, de conduta, da forma de sermos...
Enfim...coisas que passam...que
compartilho com vocês.
Frase pulsante da semana: “A moralidade é a melhor de todas
as regras para orientar a humanidade!” (Friedrich Nietzche)
Uma das frases mais corriqueiras mas que logo aprendemos é: "Não fui eu".
ResponderExcluirTalvez há de se pensar o quanto essa frase esta tbm movida de atos. Que até muitas das vezes poderíam ter sido evitados, por aquele que a cita.