domingo, 22 de setembro de 2013

Uma Gota no Oceano

Van Gogh: "Grandes realizações não são feitas por impulso, mas sim por uma soma de pequenas realizações."
Na história da humanidade temos vários exemplos de pessoas que dedicaram sua vida inteira em favor da humanidade. Neste contexto, temos exemplos daqueles que defenderam uma vida mais justa, uma vida com menos diferenças sociais, uma vida com menos violência, enfim, uma vida melhor. Estas pessoas sempre estiveram orientadas a um bem maior, a um senso de justiça, a objetivos visavam beneficiar a todos.
Neste grupo de pessoas, tivemos pessoas de todos os níveis sociais e culturais, desde um simples homem do povo até membros da nobreza. É fato que nem todos lograram êxito em sua jornada, mas de qualquer forma todos aqueles que se mantiveram firmes no seu caminho cumpriram com honra e dignidade o seu propósito. Alguns abdicaram inclusive de seu conforto e até mesmo de sua fortuna, outros abdicaram inclusive de sua liberdade. Facilmente nos vem à mente nomes como Buda, Tomás de Aquino, Mahatma Gandhi, Madre Tereza de Calcutá, Nelson Mandela, Martin Luther King e Joanna D’Arc.
A vida destas pessoas todas foi marcada pelo sacrifício em prol de um sentimento maior: o amor. Madre Tereza de Calcutá afirmava que “a falta de amor é a maior de todas as pobrezas”, enquanto Nelson Mandela dizia “sonho com o dia em que todas as pessoas levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos”. Mahatma Gandhi já ensinava a importância do homem saber perdoar, um ato de inteligência superior e de suprema importância para saber que é capaz de ajudar a mudar o mundo. Gandhi afirmava que “não pode haver paz interior sem o verdadeiro conhecimento”.
Todos eles tinham consciência do problema principal, conforme afirmava Charles Chaplin: “O homem é um animal com instintos primários de sobrevivência. Por isto, seu engenho desenvolveu-se primeiro e a alma depois, e o progresso da ciência está bem mais avançado que o seu comportamento ético”.
Hoje, quando olhamos para o mundo em que vivemos, repleto de conflitos, sejam por questões étnicas, religiosas, econômicas, pela fome e miséria, percebemos que este tipo de pessoas estão fazendo falta. Mas se pensarmos bem, o verdadeiro problema é que nós, que conhecemos a história destas pessoas estamos inertes, paralisados sem ação alguma para fazermos o nosso papel nesta história. Os mártires existem para que seus seguidores possam através da luta pelos valores por eles disseminados modificar o que está necessitando de mudanças. Porque não lutamos? Porque ficamos aguardando confortavelmente que outros tomem a atitude? Muitos de nós afirmam que não adianta de nada a sua atuação pois somos como gotas no oceano. Madre Tereza de Calcutá dizia: “Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota.”
Que todas as pessoas que estão cientes dos problemas que afligem o mundo atual se preocupem apenas em agir corretamente em todos os seus atos, semeando com isto um exemplo de ética, sem se preocupar em salvar o mundo, mas sim em demonstrar exemplos de conduta adequada, com valores baseados na ética e na moral. Esta gota d’água que parece ser a sua atitude pode também ser considerada a sua grande contribuição para a humanidade. Não podemos nos esconder em nosso conforto quando dizemos que admiramos pessoas como as mencionadas neste texto, pois isto é incoerente. Com certeza a maior parte de nós sequer sabe que está fazendo isto; busquemos então a voz da nossa consciência, busquemos o amadurecimento e a evolução da alma trazendo nossos sentimentos à tona. Tentemos viver de olhos abertos, percebendo o que cada ato de nossa vida representa para o mundo e para os outros. Façamos a nossa parte.

Enfim...coisas que passam...que compartilho com vocês.
Frases pulsante da semana:
“Se não podes entender, crê para que possas entender. A fé precede, o intelecto segue.” (Santo Agostinho)

“Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência.” (Karl Marx)

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