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Carl Spitzweg |
“Intelectualismo”:
aquilo que está ligado à origem do conhecimento, que pode acontecer pelo
pensamento e pela experiência. É um misto entre racionalismo e empirismo. “Racionalidade”:
tornar reflexivo, empregando o raciocínio, ou estabelecer relação entre algo
por meio de uma operação mental.
Não
tenho aqui a menor pretensão de abordar qualquer os conceitos de qualquer
doutrina, mas sim de realizar uma rápida proposta de reflexão sobre seu
significado em nossas vidas. Sabemos da importância que a aquisição de
conhecimento tem na vida do homem, abrindo-lhe um caminho que poderá conduzir
quem sabe à sabedoria. Mas o fato da aquisição do conhecimento não nos garante
qualquer tipo de avanço, nem mesmo em relação a nós mesmos, se não soubermos
utilizá-lo de forma adequada. A capacidade de raciocinar, de pensar, de
elaborar algum elemento novo, ou até mesmo de transformar algum elemento
existente, é que dá significado ao conhecimento adquirido. Mas para que este
significado se torne algo realmente valoroso, é preciso que a racionalidade
esteja associada sempre ao sentimento, dando sentido humano a estes
significados. É assim que ocorrem as verdadeiras conquistas do humanismo. O
racionalismo levado ao excesso, a razão sem o sentimento, podem ser até mesmo
frios e implacáveis.
A sociedade
atual não carece de informação nem de conhecimento, mas talvez lhe falte a
condição, e não a capacidade, de associá-la ao sentimento. Se temos a
capacidade de realizar essa relação entre conhecimento e sentimento, por qual
motivo isto não faz parte do nosso modo de agir e de pensar? Acredito que o
homem se perdeu nesta caminhada desenfreada em busca do conhecimento em virtude
de alguns valores que predominaram e ainda predominam na nossa educação, onde
somos instigados a evoluir cada vez mais, gerando conhecimento a partir do
conhecimento adquirido numa escala continuamente crescente. Com isto, não nos
damos a condição de refletir, de utilizar o pensamento para associar o
conhecimento adquirido ao sentimento e a tudo aquilo que dá significado à vida.
É óbvio que o conhecimento possibilitou uma melhor qualidade de vida para as
pessoas, no campo do materialismo, mas também é indiscutível que para uma
quantidade maior do que essas, levou o desamparo, a miséria e a ausência de um
horizonte em que depositar suas esperanças.
Talvez
o homem não tenha percebido que em determinados momentos deveria parar, refletir
e ajustar os passos de sua caminhada. O principal valor do conhecimento não é
gerar novos conhecimentos, mas sim trazer significado à vida das pessoas, agregar
conquistas ao humanismo, transformar-se em mais um elemento rumo à sabedoria.
Mas cometendo os mesmos erros através dos séculos, continuamos o nosso
aprendizado, o nosso caminho rumo à sabedoria, deparando-nos sempre com
obstáculos que são inerentes à natureza humana. Mas é preciso ter fé de que a
cada passo tenhamos aprendido com nossa própria trajetória, com nossos erros,
despertando nossa consciência.
Enfim...coisas que passam...que compartilho com vocês!
Frase pulsante da semana: "Conhecimento auxilia por fora, mas só o amor socorre por dentro. Conhecimento vem, mas a sabedoria tarda." (Albert Einstein)
Até segunda-feira que vem!
Cérebro Que Pulsa
Parabéns por este texto... embora não seja grande novidade por aqui ler reflexões bem pensadas, este demarcou-se. está muito rico e muito verdadeiro... Adoreim mesmo. Obrigado pela partilha...
ResponderExcluirbeijo amigo
Daniel,
ResponderExcluirAgradecemos pelas palavras e seja sempre bem-vindo aqui no Cérebro Que Pulsa.
Uma ótima semana para você!