domingo, 19 de janeiro de 2014

Rolézinhos pela cidade

Tarsila do Amaral
           Por Janicce Ebeling

É com grande satisfação que volto a escrever nestas linhas pois já faz algum tempo que acompanho como leitora. Na minha ausência da escrita fiz vários rolézinhos por aí alguns agradáveis e outros nem tanto. Mas o rolézinho que quero registrar é esse que está acontecendo nos shoppings onde muitos jovens se reúnem ao mesmo tempo onde o convite parte das redes sociais.
Ao ler o jornal de vários estados me deparei com sociólogos, antropólogos com os seus pontos de vistas. E a maioria expunha a situação dos lojistas e a manifestação policial como racismo e que devería prevalecer o direito de ir e vir do cidadão. Até por aí concordo com o direito de ir e vir.
Mas o que acontece neste país é que ultimamente qualquer extremo em que a ética, moral e bom senso precisaríam prevalecer há muito que não está sendo corretamente situados.
Como afro-descendente passei a vida defendendo direitos, e sei muito bem classificar o racismo.
Todo mundo viu e assistiu algumas vezes com seus próprios olhos, a aglomeração de pessoas no final das contas o resultado. Também estou certa que se não fosse essas aglomerações o nosso congresso ainda estaria inerte a certos problemas.
Mas daí a se amontoar em mais de 300 pessoas em shoppings já é outra coisa.
E os direitos de ir e vir de quem paga para obter mais conforto nestes estabelecimentos que já não são baratos e ainda precisam passar por certos aborrecimentos e certas situações na qual um grande aglomerado resulta?
O país passa por um período bastante longo de muitos direitos, há de se compreender, pois quase nada era reconhecido.
 Mas e essa aglomeração que também destrói e afasta. Os saques nas lojas, as sujeiras dos banheiros onde defecam até no chão, cadeiras lotadas, o dá licença a toda hora pelos corredores, as frentes das lojas lotadas, porque ninguém cita o  direito dos lojistas é feio? Num país tão consumista como esse, penso que essa categoría é a mais prejudicada.

Entendo que o direito há de ser respeitado. Mas também fala-se muito nisso. E os deveres que quase ninguém enxerga o seu, como pessoas físicas ou jurídicas tanto faz.

Talvez há de se estudar e compreender o que o chamado "bom senso"  realmente nos traz e deixar de usar a hipocrisia como faixa de exclusão; e entender que nem tudo na vida é racismo.
E deixar o bom sem falar de verdade..

Enfim...Coisas que passam... Que Compartilho com Vocês.

Frase Pulsante da Semana:  "Como defender uma civilização que somente o é de nome, já que representam o culto da brutalidade que existe em nós, o culto da matéria". (Ghandi) 
                                            
Até segunda-feira quem vem; Boa Semana há Todos.

Cérebro Que Pulsa.

3 comentários:

  1. Primeiramente quero saudar o teu retorno ao blog, contribuindo com belas postagens, abordando sempre assuntos interessantes sob um ponto de vista particular.
    Eu fico pensando se não caberia aos organizadores destes "rolezinhos" a mesma responsabilidade que é cobrada aos organizadores de eventos como passeatas, manifestações, etc. Organizar um movimento destes sem a devida assistência em quesitos como segurança é atitude condenável. Nossos jovens precisam deixar de ser tolos, aprender um pouco mais sobre responsabilidades.

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  2. Olá Janicce. Agradeço sua visita e comentário em meu blog. Será sempre bem-vinda por lá.
    Uma das piores formas de alienação é a do lazer. Os jovens da atualidade não sabem mais brincar, tendo de amadurecer de forma canhestra, desvirtuada, sexualizada e banalizada por um mundo virtual que deveria estar a serviço e não para uma falsa diversão. Inclusive, usado para uma comunicação rápida, sem envolvimento, desumanizada, para cooptar elementos para um rolê sem motivação aparente, fundamento, objetivo. Os "rolezeiros" alegam uma diversão que nem mesmo eles entendem e os pais, muitas vezes omissos e distantes, não sabem onde erraram. Um bom convívio familial é sempre um meio de educar e disciplinar essa juventude que deveria ir para a escola já educada, mas a sociedade, como um todo, está delegando essa tarefa aos professores (coitados) e se desvinculando dessa atribuição precípua.
    Tristes trópicos!
    Um abraço e tenha bons dias!

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  3. Parabéns pelas postagens! Fico impressionada como somos permissivos aqui no nosso país com certos fatos... abraço

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