Assistindo a um debate onde
alguns renomados consultores do mundo corporativo, autores de best-sellers sobre
os modos comportamentais dos “vencedores e sobreviventes” do mundo atual,
deparei-me com uma frase que me chamou atenção: “em no máximo cinco anos, o
conhecimento humano será duplicado a cada 73 horas”.
A prática e assimilação destes “mantras”
nas grandes corporações passará a afetar a vida de milhões de pessoas, passando
a implementar um ritmo de vida cada vez mais frenético e alucinado. O que
assusta é que trata-se de uma tese totalmente sem sentido, pois não resiste aos
mais básicos questionamentos sobre sua consistência. Aqui percebemos que
informação é considerada como sinônimo de conhecimento, quando são coisas
totalmente distintas. Mas é mais um fenômeno que o avanço tecnológico propicia,
quantidade de informação ilimitada disponível em qualquer lugar a qualquer
momento.

Fiquei pensando como a escrita
possuiu um papel importante na história e evolução da humanidade, pois em
outros tempos era por meio dela que o conhecimento adquirido por alguém viajava
no tempo, pois não havia outra forma de registrar o que se conhecia, além é
claro da tradicional herança cultural.
A escrita é sem dúvida uma forma
de transmissão mais complexa, exige uma maior consistência entre os elementos
que dispõe para se tornar compreensível. Talvez tenha sido exatamente esta
característica que tenha possibilitado que o conhecimento gerasse sempre mais
conhecimento, pois era necessário compreender o que se recebia. Se a difusão
pela escrita é mais lenta, talvez seja ela quem forneça ao interessado o tempo
necessário para pensar a respeito das informações que está recebendo e
permita-lhe criar, adaptar e inovar de forma racional.
Enfim, precisamos de pressa ou de
qualidade? De que vale um conjunto infinito de informações por segundo se isto
não nos dá tempo para discernimento de como tornarmos a informação útil?
Enquanto jovens se preocupam cada vez mais em acumular “informações” e
permanecerem sem conhecimento, que tipo de ser humano estamos formando? Pessoas
vivem cada vez mais vidas virtuais no mundo da internet se afastando da vida
real, fechando os olhos para os problemas que fazem parte da vida real.
Por isto, acho que cada um de nós
deve parar e pensar sobre o modo de vida que levamos e definir o que realmente
importa. Teria Deus nos dado uma vida real para vivermos em um mundo cada vez
mais virtual?
Enfim...coisas que passam...que
compartilho com vocês.
Frase pulsante da semana: “Para
ganhar conhecimento, adicione coisas todos os dias. Para ganhar sabedoria,
elimine coisas todos os dias”. (Lao-Tsé)
Convidado de Cérebro que Pulsa
o grande desafio secular, acompanhar sem se perder, é de elevada complexidade...se perder faz parte, mas é preciso encontrar o rumo que te devolva à estrada
ResponderExcluirM.W.
A competição faz com que tenhamos muitos mais acumulo de informações do que conhecimento. Isso realmente só vem a afetar toda a qualidade do que realmente aprendemos e a importância de tudo isso.
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