Francis Bacon Por Rafael Ebeling

Na tentativa de fundamentar a Teoria do Conhecimento, Descartes utiliza o argumento do Cogito, amparado no Princípio da Dúvida. No seu estudo, ele rejeita e descarta os sentidos externo e interno como fundamentos do conhecimento, valendo-se dos argumentos do “erro dos sentidos” e do “sonho”. Ou seja, uma sensação, mesmo real, pode não corresponder à verdade, pois existe a possibilidade de sermos induzidos pelos nossos desejos ou até mesmo por falhas no sentido. Com isto, refuta totalmente a tese de Aristóteles, de que a sensação é fundamento para o conhecimento. Porém, considera Descartes que na busca do conhecimento, mesmo que haja a falha dos sentidos, o fato é que existiu o pensamento. Com isto, mostra que é necessário intuir o pensamento e a existência de uma forma unificada, logo, o sujeito é uma necessidade do pensamento.
Mas meu objetivo aqui não é questionar os estudos e conceitos destes grandes pensadores. Valho-me dos argumentos acima para tentar compreender que o homem, por natureza, está sempre em busca de novos conhecimentos: o pensamento também é uma necessidade do sujeito. No entanto, esta busca nem sempre está relacionada com a verdade, pois como as sensações, impressões e sentidos sempre estão presentes em nossos pensamentos, existe a constante possibilidade do pensamento não produzir conhecimento.