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Refletindo
sobre a situação de calamidade em que se encontram alguns países em razão do “ebola”,
me deparei diante de algumas perguntas referentes a problemas que a sociedade
moderna enfrenta e que estão no centro da questão humanitária.
Mesmo
cientes da criticidade da crise enfrentada nos locais onde o “ebola” atinge
milhares de pessoas, há entre nós pessoas que são realmente “seres humanos”:
estou me referindo ao médicos destas ações humanitárias, símbolos do desprendimento
do seu “próprio eu”. Hoje acompanhamos que muitos estão morrendo, vítimas da
doença a que se propuseram a combater, mas mesmo cientes deste risco não
desistiram do seu firme propósito. Penso que merecem nossa admiração e respeito
mais profundo, pois foram pessoas que tiveram que evoluir muito na direção da
intelectualidade e do conhecimento material para tornarem-se médicos, mas que
não deixaram de evoluir na direção da moral, não se corromperam nesta caminhada.
Ao
mesmo tempo, vemos governos, entidades e pessoas agindo em sentido oposto. As divergências
políticas, econômicas e sociais entre alguns países ou lideranças mundiais tem
se mostrado um obstáculo à união de esforços para combater este estado de
calamidade; o individualismo e egoísmo mascarado fazendo com que governos só se
preocupem com o problema no momento em que se tornar uma ameaça interna. O que vemos
é um conjunto de ações preocupadas somente com o instinto da própria
sobrevivência. Lembremo-nos que muitos
de nós, por vezes inconscientes disto, agimos desta forma.
A simples falta na prática do bem não
representa a existência do mal? Parece-me que sim, que na situação atual do
mundo, com as crises existentes, somente uma “elevação” da moral e um despertar
coletivo de consciência poderá nos colocar em um caminho que nos leve a um
futuro melhor. É urgente que não nos sintamos confortáveis com o simples fato
de entendermos que não praticamos o mal, precisamos compreender que é preciso
praticarmos o bem diariamente, pois do contrário estamos permitindo que as
coisas se mantenham do jeito que estão. O simples despertar de uma ideia já é
algo positivo; mesmo que enfrentemos dificuldades em plantar a semente que distribuímos,
poderá quem sabe alguém que recebeu esta semente nos sensibilizar a semear. É
isto que fazem estes profissionais “humanitários”; atuam seguindo o caminho de
suas consciências, onde com certeza enfrentarão muito mais sofrimento do que no
conforto de um consultório particular.
Independentemente
de qualquer crença, credo ou religião, acredito que estas pessoas mereçam
nossas homenagens, nossas preces e principalmente nossa reflexão sobre o que e
como somos nós.
Agradeço
aqui a minha esposa, que me inspirou a refletir sobre o tema.
Enfim...coisas
que passam...que compartilho com vocês
Frase
pulsante da semana: “O povo nunca é humanitário. O que há de mais fundamental
na criatura do povo é a atenção estreita aos seus interesses, e a exclusão
cuidadosa, praticada sempre que possível, dos interesses alheios.” (Fernando
Pessoa)
Até
a próxima segunda-feira!
Cérebro Que Pulsa
~
ResponderExcluir~ ~ Um tema atual e preocupante, boa ideia da Janicce, muito bem desenvolvida pelo autor.
~ ~ São admiráveis os médicos e enfermeiras que partem para os países infectados, apesar de sabermos que quando entram para a Cruz Vermelha, ficam disponíveis para estes atos de heroísmo.
~ ~ Fernando Pessoa terá razão, entendendo um povo como uma grande família: há que proteger a família e a Nação. No entanto, esse instinto primário, não impede que existam, presentemente, instituições humanitárias exemplares.
~ ~ A dissertação contém propostas de reflexão importantes, do ponto de vista ético, merecendo uma importante atenção.
~ ~ ~ ~ Dias luminosos, pacíficos e felizes pela prática do amor e do bem. ~ ~ ~ ~
Mais uma vez agradeço a visita e os comentários sempre oportunos.
ExcluirAbraço,
Rafael
Olá,
ResponderExcluirSe perdeu muito tempo por aqui discutindo politicagem e deixamos de lado o ebola tão grave que assolou a África e vem se espalhando pouco a pouco... Vamos orando e entregando as vítimas...
Abraços fraternos
Estas situações servem para despertar um conjunto de questões que frequentemente deixamos meio adormecidas.
ExcluirAbraço,
Rafael