quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

A mudança no comportamento das pessoas, a agitação nas ruas e principalmente shopping centers anuncia a chegada de uma época muito especial: o Natal e Ano Novo estão próximos. Infelizmente isto é provocado não pelo significado dessas datas, mas sim por apelo mercadológico ao qual as pessoas se entregam. Preparativos de toda natureza, esforços para organizar eventos, para reunir pessoas e brindar com êxtase as boas vindas natalinas e de um novo ano. Lojas e supermercados lotados, o consumo em sua escala mais elevada.

Essa confraternização que ocorre neste período é algo positivo, uma oportunidade de aproximar as pessoas, de viver um clima de amizade e de bem querer, de despertar em muitos de nós o sentimento da caridade e do respeito aos outros. A esperança de que um novo período irá nos proporcionar escrever uma nova história, onde conquistas nos levarão a atingir nossos objetivos.
Mas quais serão os nossos objetivos? Qual será a amizade e o bem querer que dispomos? Qual será a caridade e respeito que em nós despertou? Serão sentimentos e ações passageiras, ou então restritas ao nosso ambiente familiar ou de convívio social? Essas mesmas emoções e sentimentos estarão vivas e pulsantes nos próximos meses? Despertamos ou trata-se apenas de um momento de autossatisfação?

Por mais que o Natal tenha se transformado em uma data meramente comercial, mesmo que muitas pessoas não percebam isto, cabe a cada um de nós a reflexão sobre o verdadeiro significado desta data especial. Quem sabe pensarmos um pouco sobre o mundo em que vivemos, sobre o nosso papel e nossa conduta enquanto seres de uma coletividade muito maior. O quanto os nossos atos estão em coerência com os nossos desejos e o quanto esses desejos estão direcionados para o bem maior? Cada mudança ou até mesmo certeza de que estamos no caminho certo será uma conquista, não individual, mas de uma família maior chamada humanidade. Sem necessidade de sacrifícios, pequenos gestos e ações, com a devida tomada de consciência significarão muito para todos.

Por isto, não permitamos que este período sirva apenas para compartilharmos presentes e prazeres momentâneos, mas que possamos fazer despertar dentro de nós e dos que fazem parte de nosso convívio uma chama maior, que perdure por muito mais tempo.

Um feliz e verdadeiro natal a todos, que a paz e a felicidade esteja presente com todos, tocando a alma.

Enfim...coisas que passam...que compartilho com vocês!

Frase pulsante da semana:  "O Natal, mais que uma data, deve ser compreendido como um estado das nossas mentes, momento em que o amor, a tolerância, o perdão, a caridade e o espírito de bem querer e a capacidade de união esteja acima de tudo. São os primeiros passos de um caminho que nos leva à felicidade!" (R.E.)

Até 2015...

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sábado, 22 de novembro de 2014

Afinal Para Que Serve a Ética

J. Ebeling
         Por: Janicce Ebeling
Essa semana um amigo me perguntou se a palavra ética ainda existia no dicionário. Sinceramente nem respondi; nem sei se foi por deboche, vergonha, ou porque realmente não vi sentido.
A ética apesar de ser um discurso mundial, também é a fala da nossa política brasileira. Bom... quando ouço algum político discorrer sobre ética para mim soa um deboche para com o povo brasileiro. Pelo menos aqui pelo Brasil aplicá-se a ética de uma maneira que melhor convém. E os políticos e donos de grandes empresas são os  mais beneficiados. Quem tem acompanhado as mídias, sempre terá um nome para a representação de políticos no Brasil.
Brasileiro sofre com a abundância de poder o escandâ-lo da petrobrás grita aos quatro ventos: no lamaçal que nós brasileiros pagantes de inúmeros impostos no que estamos envoltos.
Além da violência, a falta dágua, ainda temos eles - os políticos.
Há muitas pessoas que citam o Brasil um país tranquilo, talvez usam essa expressão, pois por aqui ainda não caem bombas. 
É tanto roubo, desvio de milhões que aparece, mal conseguimos compreender um desvio financeiro; que já aparece outra denúncia.
Virou rotina.

Em toda a eleição e campanhas, ouvimos sempre a mesma coisa: queremos ajudar os pobres. Sera que tem alguém que acredita mesmo nisso?

É tanta preocupação com os outros que há de se ter sempre uma dúvida...

Mas uma coisa é certo: No Brasil a ética serve para: trabalhadores, pobres, mães, pais, intelectuais, estudantes, enfim a classe em geral.

Menos para: Políticos.

E o trem da alegria a cada dia aumenta... e a conta sobra para nós que moramos aqui e nos afirmamos como brasileiros.


Enfim... Coisas Que Passam... Que Compartilho Com Vocês.


Frase Pulsante da Semana: "O diabo pode citar as escrituras, quando isso lhe convêm". 
(W. Shakespeare)


Até a Semana Que vem.
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domingo, 2 de novembro de 2014

O mundo que se move

Miró

A cada instante, inúmeros acontecimentos passam a interferir em nossas vidas, mesmo sem que tenhamos consciência de que estejam ocorrendo. Fatos mais variados passam a influenciar o nosso destino de forma sutil ou até mesmo imperceptível aos nossos olhares. Pensando a respeito disto coloquei-me a questionar sobre aquela postura que tanto as pessoas adotam diante de algumas situações: “Não tenho nada a ver com isto!"

Na verdade, a vida é uma grande e complexa engrenagem, onde nem sempre conseguimos identificar as consequências que cada movimento irá causar. Os nossos atos no dia a dia acabam por interferir na vida de outras pessoas, da mesma forma que somos influenciados pelos atos de outros. Se nem sempre nos é possível perceber os atos praticados por outros e que influenciarão as nossas vidas, com certeza podemos refletir sobre como os nossos atos poderão interferir na vida dos outros. Esse juízo nem sempre é de fácil alcance, pois fazemos parte de uma engrenagem complexa, como já mencionei. Para que tenhamos a capacidade de ter uma visão mais clara disto, é preciso praticarmos, refletirmos sobre tudo que fazemos ou até mesmo que deixamos de fazer.

Não poderia ser diferente, pois somos parte de um todo maior, onde as ações sempre possuem uma relação intensa com o todo e com as ínfimas partes deste todo. Segue o princípio da ação e da reação, e a descoberta destas relações é o que nos permitirá compreender melhor a nossa existência, o que somos, o que fazemos e para onde podemos ir. Mais uma vez, nos deparamos com o grande desafio de tentar equilibrar o “eu” e o “nós”. Este constante dilema que precisamos compreender, entender que somente teremos um todo equilibrado a partir da construção de partes que busquem este equilíbrio.

Enfim...coisas que passam...que compartilho com vocês.

Frase pulsante da semana: "Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus.” (Clarice Lispector)

Até a próxima segunda-feira!

Cérebro Que Pulsa

domingo, 19 de outubro de 2014

O despertar das ideias

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Refletindo sobre a situação de calamidade em que se encontram alguns países em razão do “ebola”, me deparei diante de algumas perguntas referentes a problemas que a sociedade moderna enfrenta e que estão no centro da questão humanitária.
Mesmo cientes da criticidade da crise enfrentada nos locais onde o “ebola” atinge milhares de pessoas, há entre nós pessoas que são realmente “seres humanos”: estou me referindo ao médicos destas ações humanitárias, símbolos do desprendimento do seu “próprio eu”. Hoje acompanhamos que muitos estão morrendo, vítimas da doença a que se propuseram a combater, mas mesmo cientes deste risco não desistiram do seu firme propósito. Penso que merecem nossa admiração e respeito mais profundo, pois foram pessoas que tiveram que evoluir muito na direção da intelectualidade e do conhecimento material para tornarem-se médicos, mas que não deixaram de evoluir na direção da moral, não se corromperam nesta caminhada.
Ao mesmo tempo, vemos governos, entidades e pessoas agindo em sentido oposto. As divergências políticas, econômicas e sociais entre alguns países ou lideranças mundiais tem se mostrado um obstáculo à união de esforços para combater este estado de calamidade; o individualismo e egoísmo mascarado fazendo com que governos só se preocupem com o problema no momento em que se tornar uma ameaça interna. O que vemos é um conjunto de ações preocupadas somente com o instinto da própria sobrevivência.  Lembremo-nos que muitos de nós, por vezes inconscientes disto, agimos desta forma.
 A simples falta na prática do bem não representa a existência do mal? Parece-me que sim, que na situação atual do mundo, com as crises existentes, somente uma “elevação” da moral e um despertar coletivo de consciência poderá nos colocar em um caminho que nos leve a um futuro melhor. É urgente que não nos sintamos confortáveis com o simples fato de entendermos que não praticamos o mal, precisamos compreender que é preciso praticarmos o bem diariamente, pois do contrário estamos permitindo que as coisas se mantenham do jeito que estão. O simples despertar de uma ideia já é algo positivo; mesmo que enfrentemos dificuldades em plantar a semente que distribuímos, poderá quem sabe alguém que recebeu esta semente nos sensibilizar a semear. É isto que fazem estes profissionais “humanitários”; atuam seguindo o caminho de suas consciências, onde com certeza enfrentarão muito mais sofrimento do que no conforto de um consultório particular.
Independentemente de qualquer crença, credo ou religião, acredito que estas pessoas mereçam nossas homenagens, nossas preces e principalmente nossa reflexão sobre o que e como somos nós.
Agradeço aqui a minha esposa, que me inspirou a refletir sobre o tema.

Enfim...coisas que passam...que compartilho com vocês

Frase pulsante da semana: “O povo nunca é humanitário. O que há de mais fundamental na criatura do povo é a atenção estreita aos seus interesses, e a exclusão cuidadosa, praticada sempre que possível, dos interesses alheios.” (Fernando Pessoa)

Até a próxima segunda-feira!

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domingo, 12 de outubro de 2014

Voz Interior

Josephine - J. Ebeling
Por: Janicce Ebeling


Os mitos com seus paradoxos nos fazem refletir sobre os nossos dilemas. E a figura que abordarei será sobre Siegfried. Nome bem conhecido na Islândia, Alemanha e Escandinavia;  seus feitos são objeto dos mais belos poemas épicos do mundo.

Então... Siegfried era filho de uma união entre dois irmãos. Não chegou a conhecer seus pais, mas a única lembrança herdada foi uma espada partida que segundo a lenda quem a conserta-se jamais seria vencido nos campos de batalha. Órfão foi criado por um anão que o cuidou com muito contragosto e crueldade na esperança do jovem consertar a espada. Mas o que o anão queria de fato era reaver um ouro perdido que estava na posse de um dragão. Quando conseguisse o feito iria matar o rapaz.
Mas os deuses favorecem Siegfried mandando um pássaro para alertá-lo sobre os perigos ao consertar a espada. Ao consertá-la então o rapaz mata o dragão, mas também mata o anão por estar farto das suas deslealdades.


Conclusão: A espada ao ser consertada pode nos transmitir um legado de força e coragem frente aos problemas da vida.

Siegfried correu perigo por causa de uma criatura traiçoeira que desejava usá-lo para os seus próprios interesses. Percebe-se que existem pessoas que são sugadas a anos por interesse e nem se dão conta. 
Devemos estar conscientes que existem a maldade, a inveja e a destruição - seja no trabalho, na família ou seja em todos os meios.
Da mesma forma que o rapaz escutou o pássaro, nós temos a nossa voz interior alertando-nos para os perigos cotidianos. Como nos épicos tudo era resolvido com uma espada em punho; nos tempos atuais já não precismos mais usar a força.
Mas podemos escutar nossos instintos, a nossa voz interior e de fatos ouvi-los.
No mundo a muito amor e ódio juntos, embora há muitas pessoas boas há também aquelas que podem não ser.

O livre arbítrio nos dá escolhas; mas a voz da natureza sempre nos alerta o caminho certo a seguir.


Enfim...Coisas Que Passam Que Compartilho Com Vocês. 


Frase Pulsante da Semana: "Talvez seja esse o aprendizado mais difícil: manter o movimento permanente, a renovação constante, a vida vivida como caminho e mudança". ( H. Kuhner)



Até Domingo que vem.

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domingo, 28 de setembro de 2014

Persistência...o caminho do bem

Cézanne
A bondade, a beleza, o bem querer e o amor estão por toda parte. Mesmo assim, por vezes o mundo nos passa a impressão de que estamos vivendo momentos de desesperança, e que não nos reserva um futuro muito promissor. Este é um sentimento comum no dia a dia agitado em que as pessoas vivem, sem tempo ou disposição para reflexão.
Acredito que é necessário valorizarmos tudo de bom que acontece, por menor que seja. Estamos vivendo tempos em que as boas ações e iniciativas, por menores que sejam, devem servir como uma espécie de catalizador para um bem maior, para despertar a esperança e a fé das pessoas em um mundo melhor, onde cada um possui a sua parte de responsabilidade; nada mudará se não houver um envolvimento coletivo. Independente do comportamento dos outros, vamos seguir o caminho que nossa consciência nos indica, e servindo, quem sabe, como motivação para aqueles que só se movimentam a partir do momento que conseguem ver que algo está acontecendo, que algo está mudando.
O otimismo é fundamental para que se consiga superar os obstáculos que se apresentam em nossa frente quase que diariamente. Quando falo em otimismo não falo em fechar os olhos para as dificuldades, mas sim em acreditar que é possível vencer, e sempre é, como a própria história nos mostra em diversos exemplos. Quantas ideias consideradas insensatas, tolas ou ingênuas acabaram por se mostrar o caminho feliz após muita persistência por parte de alguns?

Enfim...coisas que passam...que compartilho com vocês.

Frase pulsante da semana: “A próxima fronteira não está somente a sua frente, ela está dentro de você.” (Robert K. Cooper)

Até o próximo domingo!

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domingo, 21 de setembro de 2014

Calma ou Resignação Para Lembrar Outra Vez

Nankim Másc. Yoruba - J. Ebeling
                        Por: Janicce Ebeling

Pode-se dizer que a calma está em extinção. Pelo menos por aqui. Quando estamos revoltados colocamos a culpa em tudo o que nos cerca. Ou são os hormônios, a falta de dinheiro, a família, o sono que se perde e daí por diante. Há quem diga que a calma já é coisa rara.
Gosto de interpretar a calma não apenas como ausência de barulho no nosso cérebro. Estar neste estado, é estar desprovido de máscaras e anseios. Pode-se de chamar então: como uma leveza de nosso estado momentâneo presente ou não. Estar quieto não é estar leve. Podemos aparentemente estarmos quietos mas a nossa mente pode configurar num turbilhão de coisas ao mesmo tempo.
Estar calmo em meio ao que vivemos á todo o instante é compactuar com uma percepção de um grau mais elevado. 
Não acho que seja algo fácil, principalmente quando tudo conspira para que o ser, esteja sempre nessa ebulição de sensações.
Sensações estas que podem causar muita confusão, do que se esperar da vida. Já ouvi muita gente dizer que nem sabe o porque de enorme ansiedade.
Curei a minha pondo espelhos por toda a casa. Assim não corro o risco de interpretar ideias que não são reais. Me observo com coragem; gosto da ideia de primeiro ser amiga de mim mesma. Nem sempre o problema está só nos outros.

Pode-se dizer então, que uma das filosofias do bem viver, é manter a calma. E pelo que se vê nas esquinas da vida, é algo que pode nos manter vivo.

Penso que controlando nossa calma, estamos cuidando primeiro de nós e também das pessoas a nossa volta.
A calma é algo intransferível e muito pessoal, mas pode facilmente atingir á todos com a sua falta de  intolerância.

Como havia dito acima, para mim é uma das filosofias do bem viver. Difícil de ter esse compromisso mas se faz necessário e urgente.

Enfim...Coisas Que Passam...Que Compartilho Com Vocês.

Frase Pulsante da Semana: "É preciso dizer a verdade apenas a quem está disposto a ouvi-lá" (Sêneca)

Até Domingo que Vem.
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domingo, 14 de setembro de 2014

Respeito e Equilíbrio

Claude Monet
Desde os tempos mais remotos, o equilíbrio da natureza e do planeta sempre foi um desafio ao convívio das espécies e da sua própria sobrevivência. Lembro-me de uma frase que ouvia há muitos anos dizendo que “a natureza transforma o caçador na caça em questão de segundos”.  Sabemos que as relações entre as espécies não se resumem a esta questão de caça e caçador, pois há uma infinidade de exemplos onde a colaboração entre as espécies favorece ambas. Estes exemplos podem ser encontrados tanto nas relações entre as plantas quanto entre os animais. Apesar das relações predatórias, a natureza sempre conseguiu encontrou o ponto de equilíbrio, com as plantas e animais se adaptando, evoluindo e se transformando, mas sempre mantendo a engrenagem funcionando.

No entanto, dentre todas espécies, surgiu uma com uma capacidade diferenciada, que a princípio deveria favorecer à permanência deste equilíbrio: o homem. Eis que o humano, com sua capacidade de pensar, de raciocinar, pensou que poderia colaborar com a fantástica engrenagem da natureza, interferindo naquilo que em seu entendimento estivesse desajustado. Mas não foi bem assim que as coisas aconteceram. Infelizmente, até hoje a humanidade não aprendeu a viver em equilíbrio, com paz e justiça entre os homens, sendo que somos o maior predador da espécie humana. A morte é parte desse mecanismo que mantém o equilíbrio de qualquer espécie, mas a morte dentro do que são considerados fatores naturais. O que é inaceitável para uma espécie que possui a capacidade de raciocinar é que exista morte por fome, quando há alimento suficiente, que alguns morram por falta de assistência enquanto outros ficam a “rasgar dinheiro”, que alguém morra porque o outro que está ao seu lado não seja capaz de lhe estender a mão.
O que poderíamos esperar desta espécie em relação à natureza, quando internamente não existe o bom senso e o equilíbrio? A natureza, com plantas, animais, rios e suas riquezas foram vistas pelo homem como um lugar de onde “extrair” o que lhe fosse necessário e conveniente. É estranho, mas real, que milhões de jovens atualmente nunca estiveram em frente a uma lagoa, nunca subiram em uma árvore e nunca apanharam um fruto do galho de alguma árvore.  Os rios são o mais triste exemplo de como tratamos a natureza, aniquilando aquilo que é fundamental para a nossa própria sobrevivência. É aceitável que determinada espécie animal extermine outra espécie animal devido a uma relação naturalmente predatória, pois neles não existe a capacidade de raciocinar.
Parece-me que faltamos às lições que a natureza poderia nos ensinar; parece que não nos preocupamos em observar como a engrenagem da natureza funcionava, para aprender a interferi somente no que não comprometesse o seu equilíbrio. Na verdade, não deveríamos interferir, mas sim nos relacionar mantendo o equilíbrio.
Na vida sempre é tempo de retomarmos o caminho, de repensarmos os valores, as relações e os objetivos. Sempre é tempo de questionar, de avaliar e de decidir se continuamos em frente ou se temos que tomar novo rumo. Quem sabe com as mudanças que vivenciamos atualmente sejamos capazes de compreender a nossa relação com a natureza e inclusive entre nós mesmos e começar a escrever uma nova relação?!

Enfim...coisas que passam...que compartilho com vocês.

Frase pulsante da semana: "Frase Pulsante da Semana: “Se temos de esperar, que seja para colhermos a semente boa que lançamos hoje no solo da vida. Se for para semear, então que seja para produzir milhões de sorrisos, de solidariedade e de amizade!” (Cora Coralina)

Até a próxima segunda-feira!

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domingo, 7 de setembro de 2014

As Faces Da Guerra e da Palavra

J. Ebeling

                                           A Porta da verdade estava aberta,
                                           Mas só deixava passar
                                           Uma pessoa de cada vez

                                           Assim não era possível atingir toda a verdade,
                                           Porque a meia pessoa que entrava
                                           Só trazia o perfil de meia verdade.
                                           E sua segunda metade
                                           Voltava igualmente com meio perfil
                                           E os meios perfis não se coincidiam.

                                           Arrebataram a porta. Derrubaram a porta.
                                           Chegaram ao lugar luminoso
                                           Onde a verdade esplendiam seus fogos.
                                           Era dividida em metades
                                           Diferentes uma da outra.

                                           Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
                                           Nenhuma das duas era totalmente bela.
                                           E carecia optar. Cada uma optou conforme,
                                           Seu capricho, sua ilusão, sua verdade.
                                                                                          (Drummond)

Enfim... Coisas Que Passam... Que Compartilho Com Vocês.

Frase Pulsante da Semana:
"Quem só tem um espirito da história, não compreendeu a lição da vida e tem sempre de retomá-la. É em ti mesmo que se coloca o enigma da existência e ninguém se não tu mesmo, pode resolver." (Nietzsche)

Até Segunda-feira que vem.
CérebroQuePulsa.

domingo, 31 de agosto de 2014

Diferenças e Diversidades

Tempos Modernos - Di Cavalcanti
Abordo hoje uma questão que pode ser vista por dois ângulos distintos, sem alterar a essência do fato, mas possibilitando diferentes formas de nos relacionarmos com ela.
O que é a diferença? Procurando em dicionários, encontramos as definições de que diferença “é aquilo que não possui nem demonstra igualdade”, “desavença”, “sem proporção e equidade” ou “aquilo capaz de distinguir uma coisa de outra”.
A humanidade sempre foi caracterizada pelas diferenças entre os povos, entre as culturas, as crenças e o comportamento das pessoas. Por séculos algumas destas diferenças foram responsáveis por grandes batalhas, por extermínios de povos e culturas e por constantes desavenças. O fato é que isto continua acontecendo nos dias de hoje. Apesar de termos evoluído nosso pensamento passando a aceitar que a diferença deve ser entendida como diversidade na maioria das situações, continuamos cultivando a “desavença” ao que foge ao que foi convencionado como padrão.
As discriminações sociais de toda natureza são marca registrada na sociedade atual, em qualquer local do mundo. Ainda se mata por divergência religiosa; ainda se deixa morrer por diferenças de nível social e ainda continuamos construindo uma sociedade com frágil alicerce por causa destas diferenças ou diversidades. Essa aceitação da diversidade ainda não está consolidada em nossa sociedade, em nossas mentes e corações, permanecendo latente os resquícios de uma compreensão equivocada como “desavença”. É incrível como após tantos séculos o homem continua com aquela sensação primária de ameaça diante de tudo que está fora do seu conceito de normalidade. E qual a reação para isto? Isolamento, separação, resultando no tratamento da diversidade como algo que, mesmo que teoricamente aceito em determinadas questões, não são tratadas como normais. Trata-se do ser humano querendo se convencer que evoluiu, quando diante de um exame de consciência mais profundo perceberá que isto não é uma verdade absoluta. Quando buscamos afinidade não estaremos nos distanciando da aceitação à diversidade? A aceitação da diversidade e das diferenças exige mudanças? São questões complexas com as quais lidamos no nosso dia a dia, muitas vezes sem percebermos.
Ainda hoje a questão da religiosidade é marcada pela “diferença ou diversidade” de forma inaceitável. A ironia neste aspecto está no fato de que a maior divergência não está entre os que acreditam em Deus e os agnósticos, mas sim entre aqueles que julgam que sua forma de crer em Deus e suas práticas religiosas são melhores ou até mesmo as únicas aceitas. Nessa questão a diferença é alimentada por algo totalmente oposto àquilo que é a essência da sua natureza. Mencionei aqui a questão da religiosidade, mas isto ocorre em praticamente tudo em nossa vida.

Enfim...coisas que passam...que compartilho com vocês.

Frase pulsante da semana: "Grande parte da vitalidade de uma amizade está no respeito às diferenças, não apenas em desfrutar das semelhanças." (James Fredericks)

Até segunda-feira que vem!

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domingo, 24 de agosto de 2014

O Que Somos

                     Série Dores da Colômbia de Fernando Botero
   Por: Janicce Ebeling

Nunca pensei nesta minha atual existência que assistiria ainda que ao vivo uma execução. E o que é mais horrendo, da minha sala de casa. 
Também concordo que neste lixo eletrônico que estamos envoltos podemos fazer nossas escolhas. Mas há uma certa relatividade nisso que agora não convém.
As vezes é difícil de acreditar que esses esquecidos pelo mundo, que habitam os mais negros depósitos da maldade, doutores na violência, nasceram de alguém. As atrocidades são tão grandes que me permito a perguntar: O Que Somos? 

Por pensar que o envolvimento não deve acontecer só quando algo nos acomete ou aos nossos amigos, conhecidos, familiares e vizinhos, penso na ideia de Mandela que dizia que sua maior preocupação vinha com a atitude dos bons em meio as barbáries.

Assim então volto o meu pensamento para o julgo dessa lei divina a qual acomete a todos sem distinção e começo a pensar em "clemência" para nós mesmos e esses perdidos pelo destino.

Pois cada um sabe o país em que vive, e me permito conjecturar que é bem fácil parar em um topo de uma montanha; depende de qual lado estamos a olhar.

Enfim...Coisas Que Passam Que Compartilho Com Vocês.

Frase Pulsante Da Semana: "Quando novas informações surgem, e as circunstâncias mudam; já não é mais possível resolver os problemas com as soluções de ontem". Roger V . Oech

Até Segunda-feira que vem.
Cérebro Que Pulsa.

domingo, 17 de agosto de 2014

As certezas da vida...

Salvador Dali
Na vida, desde pequenos, somos orientados, educados e preparados para uma vida que supostamente vai nos conduzir por um caminho imaginado pelos nossos pais. Entende-se que o amor deve nos preparar para que não enfrentemos dificuldades, sofrimentos e dores oferecendo-nos caminhos que nos conduzirão à felicidade. Mas o conceito desta felicidade, deste mundo sem dores e sofrimentos é idealizado por outros, geralmente a partir de experiências, realizações e decepções por eles vivenciados ao longo de sua caminhada pela vida.
Mas a vida, na sua sabedoria suprema, não nos priva de nada que seja necessário para nos desenvolver como pessoas, como seres humanos, independentemente dos nossos aprendizados “preparatórios”. Muitos não percebem, mas somos frequentemente colocados à prova diante de situações que parecem querer confirmar se aquilo que pensamos é o modo pelo qual agimos.
 Outras vezes, deparamo-nos com situações em que os valores pelos quais fomos ensinados são colocados em questão, momentos em que somos levados a refletir sobre a forma como estamos conduzindo nossa vida, nossas ações, nossa maneira de ver o outro, nossa maneira de nos vermos nesse todo que é a sociedade. Podemos, nestes momentos, apenas confirmar que estamos no caminho certo ou então descobrirmos que estamos seguindo um caminho que não foi por nós mesmos escolhido, mas pelo qual simplesmente seguimos desde que nele fomos colocados.
O importante para todo ser é saber compreender quais os valores que devem estar presentes nos momentos de sua caminhada, pois é a presença destes valores que nos torna capazes de sentir a felicidade. Por mais que sejamos bem direcionados na vida, é necessário que em algum momento paremos para refletir se o que somos é nossa escolha ou se é a forma como fomos “forjados”, independente de quanto amor esteve presente neste processo.

Enfim...coisas que passam...que compartilho com vocês.

Frase pulsante da semana: “Somos o que pensamos. Tudo o que somos surge com os nossos pensamentos. Com nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo.” (Buda)

Até a semana que vem.

Cérebro Que Pulsa

domingo, 10 de agosto de 2014

Responsabilidade

J. Ebeling
      Por: Janicce Ebeling

Em uma das muitas histórias da mitologia, havia um jovem chamado Narciso. Sua mãe por ansiedade para saber o destino do filho consulta Tirésias. Pergunta então a mãe ao adivinho: meu filho viverá até a velhice? Tirésias então responde: Desde que não conheça a si mesmo. Então o menino cresce muito belo e amado por todos. Apesar de nunca ter visto o próprio rosto pressentia pelas reações das pessoas que era lindo. Mas como não tinha certeza dependia que dissessem a ele o quão era bonito para se sentir seguro. Recebia tanto elogios que começara a achar que ninguém o merecia de tão lindo e digno que era. Resumindo então, um belo dia Narciso vai ao lago beber aguá e acha diante de si um belo rosto. Apaixonou-se por aquele rosto. Muitas vezes foi ao lago, passou dias, semanas olhando a agua, sem comer, e  sem dormir. Por fim seu coração parou de bater vindo a morrer então entre os lírios dágua. A comoção dos deuses então foi a de transformá-lo na flor que até hoje leva seu nome.

Conclusão: Ao transportar essa ideia para nossas vidas ha muitas maneiras de interpretá-la, muitas vezes olhamos para nós mesmos e nem percebemos quando: fantasiamos os filhos e não encaramos a verdadeira realidade de suas atitudes, quando não separamos o lixo de casa pois o prédio não faz recolhimento correto, quando não tratamos os outros com gentiliza, quando agredimos com palavras injustas coisas que nem sabemos ao certo os fatos,  quando defendemos sempre a família sem perceber seus erros, quando somos racistas com algumas atitudes que nem percebemos o porque daquilo e quando achamos que somos sempre os corretos, quando evitamos os mendigos,  e daí por diante... a lista é grande, cada um tem a sua.


Enfim...Coisas Que Passam. Que Compartilho Com Vocês.

Frase Pulsante da Semana: "Não quero ser como Narciso; Que só pensava nele mesmo". Ebeling

Até A semana que Vem...
CérebroQuePulsa.

domingo, 3 de agosto de 2014

Reflexões e ações

Miró
Indiscutivelmente, o mundo passa por um momento de grandes mudanças. Enquanto algumas nações ainda não conseguiram se afastar dos conflitos armados, outras ainda não aprenderam a utilizar os benefícios da paz e da democracia para uma vida melhor. A escalada da violência aumenta por todos os cantos, os homens se afastam cada vez mais da bondade, da tolerância e do respeito ao seu semelhante; na verdade se afastam de sua própria essência.
O acúmulo de riqueza é responsável por uma crescente segregação social, pela fome e miséria de milhões de pessoas pelo mundo. Enquanto continuamos a nos deslocar para viver em grandes centros urbanos, ironicamente nossas atitudes nos levam ao isolamento pelo exercício da individualidade; entre milhares de pessoas, vivemos o “eu”, esquecendo do “nós”.
Os reflexos de ações descompromissadas ao longo dos anos estão cada vez mais presentes no nosso dia a dia. Quando agimos de forma descompromissada em relação a algo que está incorreto somente pelo fato de que não irá nos afetar, estamos contribuindo para permitir que algo saia da sua ordem normal; e com certeza no futuro perceberemos que nos equivocamos, pois agora nos afeta. Assim estão arraigados em nossa sociedade a impunidade, a corrupção, a falta de ética e a injustiça social.
Se queremos um futuro que não seja o caos social, precisamos modificar o nosso modo de agir rapidamente. Precisamos parar por alguns instantes e raciocinar como interferimos no destino do mundo, o que estamos fazendo para tornar a vida melhor, se estamos assistindo a vida passar ou se estamos agindo de forma consciente na construção do futuro.
Havendo boa vontade e determinação, podemos construir o futuro que desejarmos, pois mais difícil que possa nos parecer em certos momentos. O que precisamos é fazer a escolha, participar ou ser apenas espectador. De nada valem as ideias e o conhecimento se não os colocarmos em prática; aliás, mais hipócrita é aquele que tem o conhecimento e o saber como um patrimônio pessoal. Por isto, vamos repensar nossas atitudes e se assim o compreendermos, vamos à luta, deixemos o comodismo de lado e vamos participar da construção do futuro.

Enfim...coisas que passam...que compartilho com vocês.

Frase pulsante da semana: "O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria se aprende é com a vida e com os humildes." (Cora Coralina) 

Até segunda-feira que vem.

Cérebro Que Pulsa

domingo, 27 de julho de 2014

Liberdade

Debret - Brasil antes da sua independência
  Por: Janicce Ebeling

Adjetivos e maneiras de posicionamento sobre o que chamamos de liberdade todos temos. Mas analisando essa palavra profundamente ela torna-se bem complexa. Há inúmeras interpretações o que pode causar transtorno e estranhamento entre povos. Presenciamos guerras entre povos a todo o momento há sempre uma indisposição contra ou favor da liberdade. 
No Brasil se não votamos estamos desabilitados para fazer concurso;  ficamos com o imposto de renda comprometido, fora as sanções que somos informados só na hora do enlace. Ou então já parou para ver a polícia como ela aborda um cidadão que não porta documentos? A liberdade saiu voando, e ficamos sem direito algum. Então por essas e outros posso dizer que a liberdade é um assunto ilimitado como o universo. 
Para Kant a liberdade vem como auto-afirmação  e determinação que constitui-se na dignidade e integridade da pessoa. Mas prefiro Hegel que diz que a liberdade está na consciência e é na consciência que o homem reconhece a si mesmo e os outros numa vivência em sociedade. Não há nada de novo nisso mas as vezes é bom relembrar.
A batalha por uma vida melhor com mais dignidade é para todos. 

Há de se ter uma maior consciência que para usufruirmos o que temos, todos os seres do planeta colaboram para um equilibrio geral. Tudo se daria em uma harmonia fora do comum com muito respeito se o verbo "nós" fosse conjugado como o verbo eu e tu é regularmente.
Assim penso também que a palavra Liberdade deveria ser conjugada de fato e verdadeiramente.

Todos precisamos de bons exemplos para serem seguidos.

Emfim...Coisas que passam. Que Compartilho com Vocês.

Frase Pulsante da Semana: "Um bom amigo  que nos aponta os erros as imperfeições e reprova o mal, deve ser respeitado como se nos tivesse revelado o segredo de um oculto tesouro. (sakyamuni).

Até Segunda-feira que vem.
CerebroQuepulsa.
Boa Semana á Todos!.