domingo, 25 de janeiro de 2015

Eu sou nós

Atualmente estamos vivendo num cenário já anunciado há algum tempo, mas que, numa demonstração de descaso, manifestando o individualismo e a falta de uma consciência social da maior parte das pessoas, acabou se aproximando mais rapidamente do que o previsto. Lembremo-nos que já faz algum tempo que ouvimos previsões referentes à escassez de um dos recursos naturais fundamentais para a sobrevivência do ser humano: a água. Mais do que previsões, foram muitos alertas recomendando a utilização inteligente e racional, aos quais a maior parte da população foi indiferente; continuamos lavando nossas calçadas, molhando as ruas para evitar a poeira e até mesmo não nos importando com vazamentos em nossas residências.
Até poucos dias atrás o indicativo de crise afetava apenas uma de nossas grandes cidades, mas passado o período eleitoral eis que vem à tona que mais duas estão enfrentando o mesmo problema, numa clara demonstração de que interesses políticos estão acima de qualquer valor. Se de um lado o poder público é ineficiente e incompetente, sem falar na ausência de ética e moral, de outro lado a população assiste a tudo de forma passiva. Atualmente a falta de água está relacionada mais à incapacidade de distribuição do que das reservas, numa clara demonstração de que os alertas nunca foram levados a sério por aqueles que conduzem o poder. O que nos resta? Tomada de consciência quanto ao uso do recurso, quanto ao modo de utilizarmos e principalmente deixarmos de assistir a todas as incompetências do poder público sentados no conforto de nossas casas.
Abordei aqui a questão da água, mas sempre que houver uma postura por parte das pessoas como se fossem apenas um indivíduo e não parte de um todo que se chama sociedade, estaremos caminhando por uma trilha que nos levará a situações difíceis. A realidade é o reflexo de como agimos e de como nos portamos diante das situações, é uma imagem do que criamos no nosso dia a dia. Sempre haverá tempo para reflexões e, principalmente ações adequadas. Este é o motivo de todo desequilíbrio existente entre os povos e as nações.

Enfim...coisas que passam...que compartilho com vocês.

Frase pulsante da semana: “Pensar é fácil. Agir é difícil. Agir de acordo com o que se pensa, é de todas a maior dificuldade.” (Goethe)

Até a próxima segunda-feira!

Cérebro Que Pulsa

sábado, 17 de janeiro de 2015

Ser e Compreender

Paul Klee
Vivemos em um mundo onde a cada dia surgem novos tipos de problemas, quase sempre interferindo no nosso modo de vida. Essas interferências passam por tantos sem serem percebidas, seja pela sua aparente insignificância no contexto social ou pela incapacidade de percepção de nossa parte. A dinâmica atual da sociedade em que vivemos, com um ritmo de vida alucinante, parece nos impor a falta de tempo. No entanto, é comum que as pessoas se deparem com uma realidade bem diferente quando conseguem perceber o mundo, quando conseguem olhar para dentro de si mesmos, quando conseguem escutar e conhecer a si próprios. Quando isto acontece, não raramente se percebe que o problema maior é a falta de compreensão das coisas.
Escutar e ouvir: aqui está uma grande diferença que é ignorada por muitos e que dificulta nossa relação com as pessoas e consequentemente com o mundo. Enquanto que “ouvir” está relacionado apenas à capacidade da audição e à ideia de “entender”, “escutar” significa “compreender”, e para compreender e gerar conhecimento é preciso prestar atenção, sentir e perceber, gerando a transformação. Esse gerar transformação não é superficial, é algo que envolve nosso ser por completo. Compreender exige atenção, questionamento e esforço em analisar para obter o verdadeiro entendimento sobre as coisas.
Observando o ambiente, prestando atenção em tudo que ocorre, observando as pessoas podemos nos questionar se o que fazem é realmente aquilo que precisam e se isso está contribuindo para a felicidade delas; se é uma opção ou um caminho que estão seguindo por algum outro motivo qualquer. É importante que consigamos sair da rotina de nossas vidas e olhar para dentro de nós mesmos, possibilitando que ao atingirmos a consciência sobre nós mesmos criemos novas perspectivas. Olhar para dentro não depende da capacidade de ver, mas sim da capacidade de saber escutar o nosso próprio eu e compreendê-lo. Para cuidarmos melhor dos outros e da nossa relação com o mundo, é preciso que nos preocupemos também em conhecermos a nós mesmos, mergulhando em nosso ser, fechando por algum tempo os ouvidos e os olhos para o mundo, tentando compreender quem e como somos. Isto nos possibilitará compreender e ver tudo com novas perspectivas. Como poderemos questionar o mundo com suas verdades, suas regras e seus valores se não conhecemos e compreendemos perfeitamente as nossas?
Lendo um livro, encontrei uma história simples, mas com uma mensagem valiosa, que divido aqui com vocês: de forma resumida, ela conta que um jardineiro espalhou aleatoriamente diversas sementes no solo; à medida que as sementes iam germinando, iam crescendo belas flores e também ervas daninhas, uma vez que não havia selecionado as sementes. O jardineiro observou o que acontecia e tranquilamente continuou a admirar o seu jardim, mesmo que outros lamentassem a presença das ervas daninhas. O jardineiro continuou com o seu jardim, regando com todo carinho e adubando as flores que, num processo natural foram florescendo com toda beleza, passando a ocupar todo espaço em que antes se viam as ervas daninhas. O cuidado e carinho dispensado pelo jardineiro às flores foram suficientes para que no seu jardim não se percebesse mais a presença das ervas daninhas.

Enfim...coisas que passam...que compartilho com vocês.

Frase pulsante da semana: "Educar é semear com sabedoria e colher com paciência." (Augusto Cury)

Até a próxima segunda-feira!

Cérebro Que Pulsa

sábado, 10 de janeiro de 2015

Fenômenos

Original de Kandinsky - em Brasília exposição no CCBB
Por: Janicce Ebeling

Há muito tempo estudo religiões, seitas, ou formas de expressões de divindades. Apesar de muitas divergências há um fato que as une que são os fenômenos.
Entre os estudos feitos há aqueles que veem como uma dadiva, outros um peso a carregar, a aqueles que citam o bem ou o mal e as escrituras, os poetas que não creem em bruxas mas afirmam que existem; a medicina fica em cima do muro,  e várias ideias surgem. Até para ganhar dinheiro. Mas o fato é que não gostamos de falar sobre fenômenos. É algo que talvez põe muitas pessoas a silenciar.
Mas essas forças ou energias, ou seja lá o que cada amigo e leitor queira qualificar, talvez realmente sirvam ou se voltem para a máxima do oráculo de Delphos: "Conheça-te a ti mesmo", ou seja o conhecimento de si mesmo. Há muito a ser discutido mas por hora levo o meu pensamento por esse viés. Então...
Esses fenômenos são capazes de abalar todos os sentidos do ser humano mas  poucos param para entender o porque de tais manifestações. Variadas são as linhas de pesquisa, mas geralmente a predominância basea-se em uma preeconcepção do que apreendemos; veemos e ouvimos. Onde cada país tem seu dogma. Uma coisa é certo a existência que temos e usufruímos sobre o céu e a terra não existe somente para admirarmos e sim para formularmos questões nítidas e precisas do porque e valor das coisas. 
Alguns são sacudidos de uma maneira sutil outros nem tanto. O mais interessante é a democracia nisso tudo; não existe cor, etnias, conhecimento e tão pouco valor financeiro. Todas as estruturas de intelectuo e razão que conhecemos são abaladas.

Talvez o conhecimento de si mesmo pode ser a chave do progresso individual. Esse progresso e supremacia em graus elevados dariam um sentido tão superior e natural que até a metafísica sería um poema compreendido.

Enquanto divago em meio a ideias que poderíam ser naturais.
Prosto-me em diante a verdadeira realidade onde lápis, borrachas e canetas são alvos de intolerância. 

Em meio a essas batalhas da idade média e os acontecimentos absurdos a que todos os dias estão a nos envolver os sentimentos; talvez o melhor que pode-se fazer é apelar clemência para algum grau de fenômenos que se dirijam  para a paz.

O conhecer-se a si mesmo pode ser a chave desses fenômenos a nos prostar o verdadeiro valor das coisas. E porque não de alguma forma nos apontar o futuro pessoal e coletivo.


Enfim... Coisas Que Penso Que Compartilho Com Vocês.

Frase Pulsante Da Semana: "Talvez seja este o aprendizado mais difícil: manter o movimento permanente, a renovação constante, a vida vivida como caminho e mudança." (H. Kuhner)

Até Final de semana que vem.
CérebroQuePulsa.