domingo, 23 de fevereiro de 2014

O Racismo De Cada Um

Di Cavalcanti
Por: Janicce Ebeling
Há vários dias o país, entre todos os problemas que vem passando a mídia expõe com bastante veemência a onda de racismo em alguns estados. Um exemplo marcante foi a do jogador de futebol que foi vaiado no estadio com gestos de macaco. Realmente isto é lamentável, também neste mesmo furor a mídia expõe alguém que não quis ser atendido por uma pessoa negra. Apesar de ter bastante melanina na minha pele e por algumas ocorrências que entendo não ter motivo, nem sei se posso usar este termo, pois posso estar ofendendo alguém. Até porque agora todos nos chamamos de afro-descendentes!
Bom é esse ponto que quero chegar, me parece que agora tudo virou racismo neste país. Principalmente quando precisa-se dar visibilidade a algo. Apesar dessa multiplicidade de raças ainda enfrentamos muitos problemas, e racismo tem que ser combatido sim.
Certos desconfortos que passamos acredito que só quem tem a pele negra mesmo entende. Tem coisas tão absurdas que até tenho vergonha de expor.
Mas contudo acredito eu, que nem tudo que observamos e ouvimos, pode ser classificado como tal. Há falta de muitas coisas como: cultura, pobreza, informação, fome, etc. Então temos racismo.
Apesar da mídia dar ênfase em casos que aos olhos de muitos, pessoas que agridem serem de alguma forma bem sucedidas, os casos corriqueiros ainda são de pessoas que não tem tanta informação. Mas uma pergunta deixo-vos porque não podem? ou porque não querem. Para a população em geral a tv ainda é o maior meio de comunicação, canais educativos passam em horários menos favorecidos porque não tem tanta procura ou seja interesse mesmo. Como tudo neste país extenso existe as exceções, mas que também são minorias.
Educação da escola, informação, educação da vida, leveza, caráter, boas doses de bom senso, e a famosa auto estima que quase ninguém a cita mas é algo muito importante a se preservar que se todo o ser humano praticasse, poucos precisariam sair em defesa de outrem.
As pessoas sairíam em suas próprias defesas sem esse furor apelativo, que vem com muitos mal entendidos por trás.
Todos nós temos ou cultivamos algum tipo de racismo, principalmente se sofremos algum tipo de agressão por determinadas tribos. Será que também posso usar esse termo? tribos?

O que precisamos é saber lidar com nossas emoções, com a melhor clareza possível, ou talvez sufocar ou melhor tratar as nossas neuroses. De fato entendo que nem tudo que se passa na vida é racismo. Todos nós  algum dia ou por várias semanas já xingamos alguém; até por pensamento.

Enfim...coisas que passam...que compartilho com vocês.

Frase Pulsante da Semana: "Conheça-te a ti mesmo". (Sócrates)

Até a próxima semana.
Cérebro Que Pulsa.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Caminhando para...

Passadas algumas décadas daquele tempo em que jovens e adultos se uniam na busca de objetivos comuns, lutando pelo direito à liberdade de expressão, vivemos atualmente uma ausência total de consciência social. Foram momentos em que a intelectualidade, a consciência e a determinação estiveram presentes nos mais diversos movimentos sociais, de onde surgiram tantas personalidades que ocuparam posições de destaque no país em segmentos como cultura, política, educação e entidades de defesa de interesses sociais.

Hoje percebemos que a sociedade brasileira não “produziu” seguidores e sucessores para estas personalidades que tanta importância tiveram no desenvolvimento social. Existe uma ausência de novos talentos, de novos pensamentos, de novos líderes para assumir posições de relevância na estrutura social da nação. O que “produzimos” nesta era de grande desenvolvimento tecnológico foram “referências vazias” em diversos segmentos fabricados neste novo mundo; pessoas que possuem milhões de seguidores e fãs, mas que nada tem a contribuir para um mundo real, onde problemas existem, onde sacrifícios são necessários, onde para cada direito há um dever a ser respeitado, onde nossas lutas deveriam sempre se preocupar com a forma como afetam os outros. Infelizmente não há perspectiva de que em curto prazo apareçam pessoas que possam contribuir para uma mudança significativa necessária para nossa sociedade.
Se parece que pelo menos a sociedade saiu daquela situação em que assistia a tudo de forma contemplativa, estas mesmas pessoas ainda não sabem pelo que lutam. Então, parece mais um movimento motivado de forma instintiva, sem alguma causa coerente a defender, sem pauta de reivindicações. O quebra-quebra que seguidamente vemos nas ruas é o mais triste retrato desta realidade; a capacidade de unir pessoas em torno de uma causa foi substituída pela facilidade de promover encontros de multidões em locais determinados, a partir das redes sociais. O problema é que as pessoas se reúnem sem que exista uma causa compartilhada. São mero reflexo de algo que as redes sociais propiciam atualmente.
Educação, consciência de que somos parte de um todo, onde cada um possui seu papel, onde o papel de cada um deve ser respeitado. Participar de qualquer movimento sem consciência de qual causa está sendo defendida, de qual proposta apresentar e de como impacta na vida das pessoas é um gesto de ignorância.
Fiquei perplexo com o que aconteceu na manifestação ocorrida no Rio de Janeiro em que a explosão de um rojão provocou a morte de um cinegrafista. O assustador é a falta de consciência destes elementos que participam de grupos que protestam sem ter a mínima preocupação com a vida das outras pessoas. A declaração de que “não sabia que era um rojão” ou “a intenção não era ferir ninguém da imprensa mas sim direcionar contra os policiais” são as provas mais evidentes dessa ignorância. Se estas pessoas entendem ter direito de protestar como quiserem, devem entender que a ignorância não os exime da culpa e que devem ser punidos como “criminosos”, que é o que de fato são. Não existe diferença entre estas pessoas e aquelas que por falta de educação, de família e até mesmo de ter o que comer tornaram-se criminosos. Quer dizer, existe sim, estes manifestantes tiveram a oportunidade da vida, mas optaram por seguir outro caminho.

Chega de tolerância à ignorância, do culto a falsos ídolos, de aceitar a falta de inteligência e sabedoria nas atitudes das pessoas. Parece que estamos nivelando tudo por baixo.

Enfim...coisas que passam...que compartilho com vocês.

Frase pulsante da semana: "Conte-me e eu esqueço. Mostre-me e eu apenas me lembro. Envolva-me e eu compreendo." (Confúcio)

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Nosso Mundo Meu

Hoje escrevo sobre algo que presenciei esta semana. Estava eu aguardando na fila do supermercado quando ouvi um cidadão ao celular questionando a um amigo, advogado sobre a legalidade das vagas destinadas a deficientes físicos em estacionamentos abertos em condomínios residenciais. Até aí, mais uma conversa como tantas outras, mas fiquei boquiaberto com o desenrolar da conversa.

A preocupação do homem quanto à legalidade era mais uma de tantas atitudes de egoísmo que vemos no dia a dia. A questão é que, por chegar tarde em casa, o cidadão estacionava o seu carro em uma vaga destinada a deficientes físicos, em frente à portaria do seu prédio. Comentava ele ao telefone que pela manhã, quando saia de carro para o trabalho, sempre havia um bilhete junto ao carro informando que tratava-se de vaga para deficientes e que ele não deveria estacionar seu carro na referida vaga. Mas vejam a reação dele aos bilhetes: “então multa”, “a vaga não é legalizada”, “quem vai me tirar daqui”?
Este episódio me fez refletir sobre como a sociedade está se afastando dos valores morais, éticos e do respeito ao próximo. Só é preciso fazer algo, ou deixar de fazer, se assim a lei determinar? Talvez seja este o prisma pelo qual uma quantidade expressiva de “tolos” compreendem a vida. É assustador a falta de bom senso das pessoas. O pensamento exclusivo “em si próprio” é algo comum, e assim é que vão educar seus filhos, garantindo um futuro cada vez mais grotesco.
E atitudes assim são comuns em pessoas que possuem uma situação sócio-econômica privilegiada, que viajam pelo mundo, que tiveram acesso a estudo. O problema é que estas pessoas não conhecem valores morais, éticos e filosóficos elementares para que o homem viva em sociedade. Ao viajar, simplesmente “desfrutam”, nada aprendem, nada observam e nada enxergam. Ao estudar, muito conhecimento por eles passa, mas o saber não lhes toca.
Nos primórdios, vivíamos isolados; vieram as tribos e posteriormente as comunidades para aproximar as pessoas e tornar a vida melhor. Então vieram as cidades, colocando as pessoas mais perto de tudo e...finalmente o homem conseguiu, vivendo quase que no mesmo metro quadrado em que outros vivem, cultivar o individualismo. Mistérios e ironias da vida.

Enfim...coisas que passam...que compartilho com vocês.

Frase pulsante da semana: “O mundo ainda vai se acabar no seu individualismo e congelar na frieza das pessoas que aqui vivem. E eu estou tentando não ser uma delas. Não aqui, neste mundo.” (Luara Quaresma)

domingo, 2 de fevereiro de 2014

A Beleza dos Teus Olhos!

Sem dúvidas, todos nós gostamos de ver coisas belas, que nos inspirem e encantem nossos sentimentos. Manifestamos esta tendência quando nos vestimos, quando compramos nossos pertences e quando cuidamos de arrumar nossas casas. Isto não depende de classe social, de localização geográfica ou nível de instrução, mas sim de um despertar interior para tornar as coisas mais belas, de querer a harmonia e porque não de buscar a paz e o equilíbrio pessoais.

Quem cuida do ambiente que o cerca, certamente se preocupa consigo mesmo e se preocupa com o próximo. Há divergência no gosto das pessoas, sendo que nem tudo que alguém aprecia é apreciado pelos outros, mas sempre há em comum a preocupação e a busca de algo que seja agradável e que traga bons sentimentos, que estimule e que nos deixe mais leves e felizes. Diria até que, apesar de existir sim um conceito que define o que é belo, mesmo coisas que não se enquadrem neste conceito podem trazer a felicidade e parecer belo para algumas pessoas, pois para que algo nos pareça belo é preciso que esteja carregada com algo a mais do que simplesmente a beleza plástica e estética, é preciso que nos toque a alma, que desperte a beleza em nossos olhos.
Se não é possível ter quadros e pinturas famosas nas paredes de nossas casas, mesmo assim é possível que todos nós tenhamos coisas belas em nossas casas; a beleza de uma flor ou o encanto de um jardim nos trazem o mesmo sentimento. É importante que cuidemos disto como quem cuida de si próprio e de quem quer bem, pois este cuidado faz a beleza refletir no ambiente em que vivemos, nas pessoas com quem convivemos. Trata-se de uma atitude positiva, que com toda certeza influencia a tudo e todos que nos cercam.
Quero aqui deixar o meu agradecimento e reconhecimento àquelas pessoas que, embora “artistas anônimos”, são responsáveis por trazer a beleza para o mundo, sem se preocupar com a fama. O reconhecimento? O reconhecimento está no sentido de suas ações na vida das pessoas. Anônimos sim, mas não menos talentosos que os famosos, não menos admirados que estes.
Embeleze, cative, enfeite, sorria, semeie no seu dia a beleza no olhar das pessoas.

Enfim...coisas que passam...que compartilho com vocês.

Frase pulsante da semana: “O coração dá vida a tudo que ama.” (Anatole France)